Um Lugar ao Sol

Written on 16:48 by BillyCapra



Filme de George Stevens bem mais eficiente em todos os sentidos do que aquela gigantesca baboseira Assim Caminha a Humanidade realizado cinco anos depois tendo entre ele Os Brutos Também Amam. Perto de Assim Caminha a Humanidade esse filme pode até ser visto como algo menor.

O personagem de Montgomery Clift está em um momento curioso, a ascensão profissional e social além de uma nova e linda namorada (Elizabeth Taylor), o grande problema é como o personagem lida com as novas situações dada a esse momento de transição começando a se trair e a ser totalmente corrompido moralmente por um ímpeto imperdoável, a cena do barco é a grande cena do filme, um misto de suspense e angústia muito bem explorado extendendo-se até o limite do necessário.

Também é muito interessante observar o comportamento do personagem de Montgomery Clift, culpado por intenção traz consigo certa serenidade de quem é realmente culpado e aceita o seu destino. A primeira vez que ele a vê é outra cena marcante, ela parece nem sequer perceber a sua presença e o filme ainda indicava que
o personagem de Montgomery Clift seria um vilão, daqueles falsos que conseguem tudo sultimente jogando as pessoas umas contra as outras no melhor estilo A Malvada, impressão prematura, a construção do personagem e algumas situações em que ele é colocado demonstram um ser humano que a principio não tinha a frieza suficiente para nenhum ato que fosse além de sua imaginação e até estrutura.
Não é a sua namorada grávida e pobre que ele trai, antes de tudo ele trai a si mesmo.

O filme recebeu Seis Oscars, incluindo direção, montagem e roteiro perdendo na categoria de melhor filme para Sinfonia de Paris musical de Vicente Minnelli, no mesmo ano também concorreu Uma Rua Chamada Pecado de Elia Kazan. Uma explicação possível para tal resultado pode ter sida a divisão de votos, já que tanto o filme de Stevens como o de Kazan são muito superiores ao de Minelli.

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