Os Dez Mandamentos (1956)

Written on 16:43 by BillyCapra



Aproveitei o carnaval para finalmente encarar o filme de Cecil B. DeMille. Na versão vista o diretor faz uma aparição onde apresenta sua obra falando ao microfone crente de que acabou de fazer um filme brilhante, nunca havia visto nada parecido com essa apresentação antes, Cecil B. DeMille acreditava que cinema se fazia com muito dinheiro e disso todos nós sabemos, mas no seu filme o dinheiro é multiplicado por dez e por ambições sem fins proveitosos para o foco central de tudo que está sendo pretendido. O dinheiro rouba a cena e se torna o personagem principal.

Caso tivesse nascido no Brasil Cecil B. DeMille seria um carnavalesco dos bons, voltando ao carnaval, fiquei me perguntando o que pode ser mais maçante do que ver o desfile de uma escola de samba, cada um deles com pouco mais de uma hora. Será que alguém assiste mesmo de ponta a ponta um desfile desses?

Eu assisti ao filme de ponta a ponta como se fosse uma obrigação, dada a importância histórica da obra e tudo mais que vem no pacote, têm alguns momentos prazerosos, claro, um filme de quatro horas deve ter seu momento, no entanto nenhum grande momento pode ser considerado satisfatório quando um filme de quatro horas parece ter oito.

O próprio Cecil B. DeMille havia feito anteriormente Os Dez Mandamentos em 1923, essa nova versão parece se justificar apenas pela clássica cena em que Moisés separa as águas do mar Vermelho, delírio maior do diretor.

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